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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

NOTA EM APOIO A NOVA PRESIDÊNCIA DA CUT



O Levante popular da juventude participou da abertura do 12º CECUT (Congresso Estadual da Central Única dos trabalhadores) do estado do RN no dia 02 de setembro em Nísia Floresta. Esse foi um importante momento de estreitamento dos laços com a organização sindical, pois é com a experiência de organização e luta da companheirada sindicalista que a juventude tece o exemplo de continuar no trabalho de base, principalmente quando o jovem começa a se inserir no mundo do trabalho. Não podemos esquecer que a luta continua. 
Nós do Levante, temos a plena convicção que a nova direção eleita, tendo Eliane Bandeira como presidenta, garantirá que a CUT continue em luta nas ruas, onde historicamente conquistou os direitos de nossa classe, a trabalhadora. Reafirmamos a importância do desafio que foi realizar o primeiro congresso com paridade de gênero, pois são as mulheres as mais exploradas pelo sistema capitalista e patriarcal, e são elas a maioria da população brasileira, queremos um sindicato cada vez mais pintado do feminismo.
Sem dúvidas a nova gestão também será marcada por uma aproximação com a base e um olhar mais cuidadoso para o fortalecimento dos movimentos sociais do estado do Rio Grande do Norte.
O Levante acredita que só a luta muda a vida do povo brasileiro. E por isso, em unidade com a atual gestão da maior Central sindical do estado, vamos apontar a saída para a crise vigente no país e gritar em alto e bom som: que os ricos paguem a conta.
Nesse sentido, parabenizamos a direção eleita e, desde já, nos colocamos em luta ao lado da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Norte.


Ousar lutar, organizando a juventude pro Projeto Popular!



segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Luta pelo transporte em Touros mobiliza estudantes



Em apoio ao Movimento: Educação do LUTO à LUTA, organizado pelos Estudantes Universitáriosde Touros/RN, o Levante Popular da Juventude esteve presente em um debate sobre o movimento estudantil, com o objetivo de contribuir na luta pelo transporte gratuito aos estudantes da cidade. 

A situação da educação do munícipio é crítica, atinge tanto os estudantes das redes Estaduais e Municipais quanto do Ensino Superior. Escolas com as estruturas defasadas, que prejudicam o desempenho dos alunos e impossibilita que os professores e professoras desempenhem o seu trabalho com excelência. Há algumas semanas, a Prefeitura avisou que o transporte que faz a locomoção dos estudantes de Touros para as instituições de ensino da capital Natal, seria cortado por falta de recursos. A partir disso, surgiu a necessidade de unir forças e exigir do governo municipal uma solução para o problema que compromete o ano letivo dos alunos, a qual a grande maioria são de instituições de ensino superir particulares.

Os estudantes estão se reunido em assembleias e reuniões, planejando e discutido os rumos do movimento para que o problema seja resolvido e os alunos do município não sejam ainda mais prejudicados. No dia 21 de agosto em uma assembleia do movimento, foram feitos os repasses de uma reunião entre a comissão que representa o movimento e o Prefeito de Touros Ney Leite do PSD. Algumas falas do prefeito geraram um desconforto e revolta entre os estudantes, foram elas: "Vocês vão ter que dá um jeito" e que "Os universitários não tem direito a nada, pois a Lei estava do lado dele". Atitude inaceitável por parte de um representante que foi eleito pelo povo e, que se diz representar os interesses desse povo que o elegeu, visto que o governo sendo ele, Federal, Estadual ou Municipal, não pode se ausentar de suas obrigações e jogar a responsabilidade pra quem já faz um tremendo esforço para sair de casa e ainda custear os seus estudos.

Durante a assembleia do movimento uma colega destacou que: “É necessário a união entre os companheiros (as) do movimento, pois a luta pelos nossos direitos requer uma unidade e juntos podemos lutar por eles”

Para isso, iremos fazer formações e mobilizar os estudantes do ensino básico para o ato marcado para o dia 25 de agosto que terá concentração ás 8 horas em frente a Escola Municipal Dr. Flávio Junqueira Aires e sairá com destino a Prefeitura do Município onde, a comissão estará em mais uma reunião com o prefeito.
 


Vamos fortalecer a juventude para lutar contra esses ataques da prefeitura aos direitos do cidadão. O Levante está do lado dos estudantes de Touros, do lado povo e com eles irá lutar.

Transporte público, pelo direito ao estudo!

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Não se estuda de bucho vazio: nem verba pra educação e nem ambulante com promoção


  Com o avanço do conservadorismo no congresso, muitos desafios foram colocados na vida das e dos estudantes, aliada as retiradas de direitos da classe trabalhadora. Nesse cenário de retrocessos promovido pelo congresso nacional, os cortes de verbas para educação trouxe a tona a falta de compromisso com o povo brasileiro por um sistema político que não nos representa.

  Os cortes na educação afetam diretamente a vida da estudantada que mais precisa permanecer na universidade: aquelas e aqueles que tiverem esse espaço negado por tanto tempo. A falta de verba dificulta o acesso a bolsas de ensino, pesquisa e extensão e principalmente as necessidades básicas: alimentação (RU), transporte (circular), moradia (residência e auxilio aluguel), ou seja, retira o direito de permanência estudantil.   

  Não podemos aceitar que a pátria educadora retire os diretos da estudantada. Queremos mais escolas e menos prisão. Queremos entrar na universidade e só sair de lá quando nos formarmos. Queremos nossos direitos por completo: entrar, vivenciar a universidade e nos formar como profissionais e cidadãos críticos. Queremos estudar de bucho cheio.

Estudantes e ambulantes: na luta por permanência!       

  Não bastando às medidas repressivas como novas catracas e mais seguranças no RU, estamos agora enfrentando a expulsão das e dos ambulantes, trabalhadores que ofereciam aos estudantes alimentos mais baratos e que cabiam no nosso bolso. Advertidos pela segurança do campus, foram notificados e avisados dos seus últimos 5 dias de trabalho, pedindo sua desocupação por serem “ilegais”.           

 Então, vamos falar de “ilegalidade”? As cantinas da universidade, pertencentes praticamente a uma mesma família (oligopólio), praticam preços abusivos
e não cumprem com os valores tabelados na licitação em que foram aprovadas, sem ter a fiscalização necessária pela universidade. A expulsão dos ambulantes é para garantir e aumentar o lucro do cartel de cantinas.

  “É muito nítido que essa expulsão não é interessante para mais ninguém se não para os donos de cantinas que sem os ambulantes (e um RU não satisfatório) serão a única alternativa mais "acessível" para os/as estudantes fazerem suas refeições. Essas cantinas vivem hoje a base de um cartel, onde fazem acordos de preços absurdos para que não haja a possibilidade da escolha de um lugar mais barato, essa luta não é só dos trabalhadores e trabalhadoras que não terão mais seu direito de trabalhar, mas também das e dos estudantes que ficaram sobre a mira do esquema das cantinas”, disse Kell Medeiros, trabalhadora ambulante e militante do Levante Popular da Juventude.

Expulsão dos ambulantes + Sucateamento do RU = Reféns das cantinas
  Estudantes, trabalhadoras e trabalhadores querem permanecer na universidade, sem opressões e sem retirada de direitos. Não aceitaremos nenhuma expulsão, seja por repressão ou pelos cortes na educação. Queremos a regulamentação dos ambulantes e a garantia da assistência estudantil. Queremos que a universidade se pinte de povo!
  E para mudar a realidade dentro da universidade também precisamos mudar a sociedade e com esse congresso conservador não dá. Precisamos mudar as regras do jogo, dizendo não para o cartel das cantinas e não para o financiamento privado de campanha. Colocando nas ruas uma bandeira que represente as lutas do povo e que proponha uma mudança concreta: a bandeira da constituinte por uma reforma do sistema político.             

Juventude que ousa lutar: constrói poder popular!

Joseé Lima - Levante Popular da Juventude RN


sexta-feira, 17 de abril de 2015

LEVANTE PELA MEMÓRIA DE ELDORADO DOS CARAJÁS


“No eldorado do Pará
Nome índio carajás,
o massacre aconteceu
Nesta terra de chacinas
essas balas assassinas
todos sabem de onde vêm...”
Procissão dos Retirantes – Pedro Munhoz


            Em um dia bem comum como hoje, um 17 de Abril de 1996, cerca de 2.500 sem-terra estavam no sétimo dia de uma marcha que deveria ir até a capital do Pará, Belém; seguiam em protesto contra a lentidão da desapropriação de uma área que ocupavam na Fazenda Macaxeira, na cidade de Curionópolis, sul do estado. Mas foi nesse mesmo dia, no Eldorado do Pará, que 21 lutadores do povo, foram assassinados pela polícia paraense simplesmente por quererem um mísero pedaço de terra pra plantar o que comer. 

            De um lado, sem-terra armados com suas bandeiras, foices, paus e pedras, do outro, 155 homens da polícia militar com suas amargas armas de fogo prontas e apontadas para o povo. Foi nesse cenário que o massacre foi feito. Hoje no lugar da fazenda Macaxeira, propriedade que motivou o maior massacre na história recente da luta por terra, está o assentamento 17 de Abril, depois de muita resistência e luta. Mas, mesmo com a terra para a agricultura familiar, as famílias que moram no assentamento nunca receberam auxilio ou fomento do governo para torná-lo um assentamento produtivo. Não houve sequer uma conversa com  cooperativas locais, e as próprias famílias tinham que negociar com os compradores, gerando, assim, uma disputa de preços interna. Além disso, as famílias demoraram anos para receber as indenizações pela perda de seus entes e, como se não fosse o bastante, hoje, 19 anos depois desse dia, mesmo com provas concretas de que o massacre foi encomendado pelos latifundiários da região, e de que grande parte dos tiros foi dada a queima roupa, impossibilitando a defesa dos sem-terra, os 155 policiais nunca foram culpabilizados ou punidos pela sua ação, mostrando a omissão do Estado, que também tem participação nesse assassinato por negar uma reforma agrária para o povo.

            A dor desse dia é rememorada todos os dias por aqueles que lutam pela terra, e o dia 17 de Abril tornou-se luta para o MST, por isso não estranhe os pneus queimando, as rodovias fechadas, pois esse é um recado do Movimento, de que não esqueceremos e jamais perdoaremos os assassinos dos 21 sem terra do Eldorado.


            E nós do Levante, reconhecemos os rostos que massacraram os companheiros e companheiras do MST há 19 anos atrás. São os mesmos que derrubam as portas das casas nas favelas. Mais do que isso: sabemos que as mesmas mãos que dispararam contra as lutadoras e lutadores sem-terra, são as mesmas que matam a juventude negra nas nossas periferias. E o Estado que se nega a fazer Reforma Agrária, é o mesmo que não garante saúde, educação, moradia e assistência, nem no campo, nem na cidade. É evidente, o Estado prefere punir a cuidar. Nós, juventude do projeto popular, assim como o Movimento dos Trabalhadores Ruais Sem-terra,  não perdoaremos, não esqueceremos e nem deixaremos que esqueçam a luta de nossos companheiros. Nesse dia mundial de luta pela terra, afirmamos que cada um que tombou em nome de nosso projeto de vida agora vive em nossa luta. 

Ana Luz Lima 
Levante Popular da Juventude RN