domingo, 28 de outubro de 2012

Projeto Popular para Educação


Ao povo brasileiro foi historicamente negado o direito a educação. As raízes do ensino em

nosso país se confundem com as do conservadorismo e as do elitismo, sempre privilegiando as
camadas mais ricas. A luta para que o povo tenha acesso à
esse direito fundamental é, portanto, uma
luta histórica.



Nos últimos anos, ocorreram importantes modificações na educação do país. Algumas
políticas públicas e muitas lutas sociais garantiram a ampliação do ensino profissionalizante e
aumentaram a oportunidade de mais jovens entrarem na universidade. Essas políticas, entretanto,
têm de ser acompanhadas de mudanças estruturais que garantam aos e às jovens que entram meios
para garantir sua permanência e a conclusão dos estudos. Infelizmente, as
iniciativas nesse
sentido ainda não aforam suficientes. É urgente nos mobilizarmos pela conquista dessas mudanças
na estrutura de nosso sistema de ensino!



Devemos lutar pela popularização da educação, em todos os níveis. Ainda hoje, uma parcela
muito pequena da juventude tem acesso ao Ensino Superior - menos de 15%. Construir um Projeto
Popular de Educação passa pela luta por mudanças profundas na educação brasileira, que garanta
mais investimentos e condições de acesso, permanência e conclusão da formação. E,
principalmente, nossa educação deve servir para estimular o questionamento, e não a acomodação,
para que o povo brasileiro se torne protagonista de sua própria história
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Por isso, Levante pelas Cotas, pela Assistência estudantil, por Educação no campo, por Cursinhos Pré-Vestibulares nos Bairros, por Transporte, por Acesso a Cultura, por Creches para Mulheres Jovens, por Regulamentação das mensalidades, por Alfabetização!



Quer participar dessa Jornada Nacional por um "Projeto Popular para a Educação"?



Até o dia 28 de novembro, todos os estados do Brasil onde o Levante está, irão fazer atividades e muitas lutas em torno da educação.
Vamos fazer uma ampla divulgação massiva da Jornada no dia 28/10 e também no dia 29/10, por todos os meios possíveis, principalmente através das ferramentas da internet:



- Facebook
- Utilizar a foto da Campanha na capa do perfil (foto grande) ou na imagem do perfil (foto pequena).
- Compartilhar a imagem de lançamento da Campanha
- Compartilhar as matérias sobre o tema postadas nos Blogs e no Site
- Participar do Evento que será criado no Face chamando para a Luta do dia 28/11
- Convidar amigos para participar do Evento
- Twitter
- Publicar a Hashtag #LevantePelaEducação
- Email
- Enviar o texto de apresentação da Campanha com Links do Site para listas de emails



Se você também acha que precisamos construir um Projeto Popular para a Educação brasileira, bora construir essa campanha com muito ânimo! Participe!

Mais informações:

www.levante.org.br
Facebook - Levante Potiguar
e-mail - levantenatal@gmail.com


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Às bóes e aos bóes do Levante Popular da Juventude Potiguar


Massificar...
Isto implica em atuar com firmeza onde quer que haja massas nos sindicatos, nas organizações populares, feministas, estudantis, camponesas e quaisquer outras. O objetivo de tal atuação é desencadear e apoiar lutas e estimular a combatividade das massas.” (Carlos Marighella).

Quanto mais conheço do Levante, mais me orgulho de fazer parte dessa organização. Desde aqui em Sergipe, passando por eventos nacionais (como foi o Acampamento Nacional e a Cúpula dos Povos), até conhecer in loco outros Levantes. As particularidades locais é que nos fortalece nacionalmente.

A atuação no meio popular é a nossa principal marca e o nosso principal objetivo, mas é importante entrarmos nos espaços que estão em disputa, tanto para o trabalho de base, para atrair mais gente para o movimento, quanto para colocarmos as nossas pautas em prática. Por isso botar a nossa cara na Universidade é algo importantíssimo. Por mais que a Universidade que temos AINDA não seja uma Universidade Popular, lutaremos para que seja. “Pintar a Universidade de Povo” como vocês pintaram na bandeira me deu a certeza de que essa luta será constante pelo compromisso de vocês e pela capacidade que temos de atrair mais e mais jovens para dentro do nosso projeto. Democracia popular, soberania, solidariedade, as lutas contra o machismo, racismo, homofobia, a concepção que temos de Universidade e o nosso projeto popular para a Educação, a luta (já travada ai em Natal) por umtransporte público, gratuito e de qualidade, cultura potiguar, que pouco conheci, mas pude perceber que é riquíssima... São só alguns pontos que peguei na nossa carta compromisso e que podem ser trabalhados dentro de qualquer lugar onde estamos inseridos.

“Uma vanguarda não se autoproclama. É sua iniciativa, percepção da oportunidade, capacidade organizativa e ousadia que lhe permitem ocupar este lugar”. (Ricardo Gebrim)

O grupo atual tem pessoas incríveis! Nas diferenças que se completam. É assim que se faz um grupo forte. Alguns eu já conhecia, outros só conhecia por facebook e a maioria conheci ai. Não teve um pra dizer “ihhh, esse é pelego!”, ou algum motivo pra sentir que o grupo não vai pra frente. Vejo muito trabalho a ser feito, mas vejo pessoas comprometidas com o Levante e, principalmente, com o Povo! Bateu também aquele sentimento único: Depois da reunião vi que não estava entre simples amig@s, ou entre pessoas que conheci ao acaso em uma viagem. Me vi e me senti entre companheiros ecompanheiras. Isso é muito significativo e mexe bastante comigo.

Juro pra vocês... Fiquei me coçando pra assinar meu nome na tabela de disponibilidade de horário para as reuniões =~~

É isso, companheiras e companheiros. Espero não ter escrito muita besteira. Só senti necessidade de expressar alguns bons sentimentos que tive por tod@s vocês.

Pro que precisarem, podem contar comigo e com a turma daqui de Sergipe.

Pátria Livre,
Venceremos!

Marcones Oliveira - Levante Popular da Juventude/SE

terça-feira, 2 de outubro de 2012

*Em resposta ao artigo “Escracho dos direitos humanos”


“Do rio que tudo arrasta, 
Diz-se que é violento.
Mas ninguém chama violentas
Às margens que o comprimem.”

Os porões do regime militar no Brasil foram fechados há 27 anos, e desde esse período os gritos e pedidos de socorro continuam abafados. Ainda amordaçados, os corpos mutilados foram esquecidos, os mutiladores homenageados e as famílias dos presos (torturados e assassinados) políticos foram obrigadas a conviver com a negação da história.
Esconder os detalhes desse período histórico é mais uma violação ao direito humano por parte do Estado e dos violadores do passado. As veias continuam abertas e outras continuam sendo dilaceradas. O autoritarismo e a violência de outrora perseguem os dias de hoje, as feridas mal fechadas, as vozes silenciadas, os fantasmas não exorcizados assombram nosso presente. 
Passou-se o regime militar, mas as velhas estruturas e práticas do passado permanecem existente mesmo após a conquista da democratização do país, o presente é uma consequência inevitável do passado, e é por isso que os crimes de outrora se repetem diariamente nas periferias, no campo, e na estrutura do Estado, também não é a toa que militantes de movimentos sociais continuam sendo investigados, os atos públicos sendo reprimidos e que a Polícia Militar tortura e mata nos porões da democracia a juventude negra e pobre, ou os lutadores e lutadoras de movimentos sociais.
Tratar o período ditatorial do Brasil como assunto intocável, sacro, é legitimar as atrocidades cometidas pelos agentes do Estado opressor. Os torturadores não faziam (fazem) parte de uma parcela da população oprimida, vulnerável, ao contrário eram eles os reais opressores que detinham (detinham?) sob seu domínio a estrutura burocrática e repressora do Estado e, em nome do discurso sagrado (e ideológico) da Segurança Nacional, a utilizou para violar Direitos coletivos e individuais.
Para se defender Direitos Humanos é preciso fazer uma escolha política de estar do lado dos oprimidos e ter o compromisso de resgatar a luta histórica pela concretização desses Direitos. Isso perpassa necessariamente em expor as mazelas da Ditadura Militar no Brasil porque feridas abafadas não cicatrizam.
Os Direitos Humanos exigem que clamemos por justiça e pela revelação das mentiras contadas, que as mutilações, os estupros, os abortos, os eletrochoques, os assassinatos, e que todos os crimes cometidos em nome da Segurança Nacional tenham seus autores identificados e revelados à população brasileira, para que aquel@s que lutaram e morreram por sua efetivação sejam justiçados.
É inconcebível que um país não conheça sua história, que não saiba a identidade dos sujeitos repressores e o que realmente aconteceu com seus lutadores e lutadoras. É também inadmissível que os opressores sejam homenageados com nomes de ruas, de escolas, de praças, etc. Portanto, os escrachos dos torturadores prestam um serviço fundamental a um país em processo de democratização, pois, numa, democracia não cabe existência de porões invioláveis, muito menos gritos contidos.

“Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Esse samba no escuro”

Magnus Henry – estudante de Direito, membro do Programa de Educação Popular em Direitos Humanos Lições de Cidadania, estagiário do Centro de Referência em Direitos Humanos da UFRN, militante do Levante Popular da Juventude.